Autora: Ângela Gomes
Da Terra para Tela e da Tela para o Papel
Eis que a vida de um artista
Faz-se nos entremeios
Vindo do barro todos os seres
Durante constroem seu anseio
Projetados do barro desde a primeira cria pelo Criador
Depois disso assim Ângela se fez
Da terra rabiscando deixando lá suas impressões
Sem saber de si o valor a vida em seus caminhos
Um dia pra tela a levou
Assim passou a vida
Sem pelo dissabor se deixar levar
Expondo pela primeira vez
Desde então seu melhor momento não se fez
E de cabeça erguida prosseguindo rumo ao ressurgir
Pelo mundo seu trabalho desde então sem medo espalhou
Fazendo do Criador sua Fonte, da Família sua Base, da Arte suas Asas
Para o mundo a fora voa sem medo ou receio
Nem a fama mudou seu coração
Com esse seu modo Brasileiro através de quem seu trabalho admira
Seu valor é certo firmou.
Da Terra para Tela
E agora daqui para frente da Tela para o Papel
Uma coisa é bem certa: Sozinha essa artista não fez
Desde início da carreira lá na primeira exposição
Sua descendência presença em gestação a acompanhou
Tendo a Arte sua Sina
Na Família o sua Bussola
No guarda da caçula
Fez de felicidade plena sua eterna companhia
E em breve da Terra para a Tela,
Da Tela para o Papel
Uma certeza como poeta tenho
Em canção pelo Universo em Notas Musicais
Entre nós
Ângela Gomes há muito já se Espalhou...
A paixão capixaba segundo Ângela Gomes
Os grandes mestres, os críticos especializados e até os próprios artistas raramente conseguem explicar a gênese de uma obra de arte. O processo de criação pode ser descrito, mas restará sempre para o leigo e mesmo para o especialista, o fascínio diante da beleza e do mistério. Como explicar, por exemplo, que o trabalho de Ângela Gomes, tão intimamente vinculado à paisagem física, humana e social do Espírito Santo, conquiste admiradores no Brasil inteiro e mesmo no exterior? Mais difícil ainda é traduzir em palavras o processo evolutivo da artista, desde os seus primeiros ensaios até a maturidade que hoje percebemos em cada uma de suas telas mais recentes.
Ao longo dos anos, Ângela Gomes se manteve fiel à opção original pela arte naïf, mas essa fidelidade não a impediu de buscar uma forma cada vez mais eloquente, depurada e expressiva dos cenários e personagens que imortaliza em sua obra. Para todos nós capixabas, há um prazer especial em encontrar, na maioria dos seus trabalhos, imagens do cotidiano e dos dias festivos nas mais diversas regiões do Estado. Neles, relembramos costumes do passado, a realidade do presente e os marcos que desejamos legar ao futuro. Por isso, ao editar este livro, que é um retrato vibrante e alegre da alma do nosso povo, prestamos simultaneamente uma homenagem à artista e aos capixabas de todas as idades, movidos pela mesma paixão que Ângela Gomes dedica à nossa terra.
Cumprindo o compromisso de valorizar a cultura e a arte como bens fundamentais para o crescimento humano, social e intelectual de todos que vivem em terras capixabas, faremos chegar a obra de Ângela Gomes às mãos dos jovens alunos da rede pública estadual, assim como às escolas de arte, bibliotecas públicas, universidades, embaixadas, consulados, museus e secretarias de Educação e de Cultura de todo o país. E, por entendermos que é um dever do Estado, produzimos esta edição bilíngue, em português e inglês, para que as informações sobre nossos valores culturais possam continuar tocando corações e mentes em muito além dos limites territoriais do Espírito Santo e do Brasil.


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