Artigo
CONSIDERAÇÕES DIFUSAS SOBRE UMA REVELAÇÃO
”... O momento da
"confissão"...
Sinto a solidão da alma e exaustão
física... Minha energia tem se desfeito, mas minha mente lembra-me de
perseverar na fé, mesmo que minhas orações mais pareçam um discurso decorado...”
Todas as situações
fáticas são consequentes e nunca distanciadas do nosso ser (eu)...de decisões
produzidas em algum momento histórico de nossas vidas e que podem ter sido
influenciadas pelo nosso DNA ou ainda, pela absorção inconsciente de modelos de
práxis ou inércia do(s) ator(es) circunvizinho(s),
em um tempo “X” qualquer influenciável em nossa vida, mormente nas duas
primeiras etapas da vida humana.
Se uma situação fática
qualquer acontece em nossa vida, fruto de nossa decisão, falta de atenção ou
por falta de decisão ou decisão inadequada, teremos, sim, o direito de
arrependimento, de sermos perdoados, compreendidos, etc. Entretanto, as
consequências dos nossos atos, além de insculpirem nossa biografia diária da
vida, estarão nela presentes para serem usufruídas ou administradas, muitas vezes, até ao fim da nossa existência. Em alguns casos mais específicos, extremados...dão o fim a essa existência, infelizmente.
Voltar à origem (uma
regressão...terapia de acesso ao subconsciente segundo os Analistas) pode
oportunizar, pela identificação da causa, o ponto nodal e, a partir daí, criar
um fortalecimento na base emocional para
percorrer
novos direcionamentos, que não propicie decisões fragilizadas que, via de consequência, vão sobrecarregar nosso existencial, por fatos tangíveis-materiais, principalmente.
Perseverar na fé,
concomitantemente com a busca do diálogo constante com o Criador. Expresse-se
longe das articulações verbais decoradas, onde, ainda que a temática seja
constante que, pelo menos a lamúria tenha tom, palavras, calma ou desespero
diferentes. Exercite assim e sentirá cada vez mais perto de você, um Confidente: o Grande
Arquiteto do Universo. Essa intimidade com a Divindade só lhe fará bem e com
certeza preencherá muitos vazios existenciais. É uma questão de experimentar!
Não há egoísmo em
preocuparmo-nos...ocuparmo-nos com a problemática que nos consome, mesmo em
momento de nefasta pandemia que assola a nossa cidade, o nosso país e o mundo.
A problemática global, em seus diversos segmentos, nada mais é do que o
somatório deletério, na maioria das vezes, das problemáticas isoladas, não
declaradas publicamente e com os mesmos apelidos de origem que nos acometem.
Dores na e da sociedade que se alternam e oscilam, são fatos rotineiros mundo
afora.
Estamos sempre à
procura de espaços/lugares para serem só nossos. É legítima e natural tal
busca. Entretanto, em algumas circunstâncias é uma situação dúbia entre o
sonhado/desejado e a situação fática resultante de ato formatado in concreto
num “ante momento” qualquer.
Fato é que, um novo
status civil (seja formal ou informal) que porventura nos submetermos,
naturalmente leva-nos a achar, a conceber, que o local de residência física primária...anterior,
como não sendo mais pertencente ao nosso psicológico: não sendo mesmo nosso
mais e, via de regra, em situação normal, nunca mais o será. É o espaço dos
pais! Há mais de dois milênios, está sacramentado e presente na maior parte dos
povos de cultura ocidental. Corrobora essa assertiva, a hodierna cobrança de
aluguel, por parte dos pais, dos filhos solteiros que, após completarem 24 anos
de idades e que por qualquer razão desejam continuar sob o mesmo teto paterno.
Evocando também a vivência da racionalidade, pois que nessa temática, na situação plural nova, se
desenhou, o deslinde da quaestio perpassa pela reflexão/resolução entre os
atores envolvidos, o que, em tese, pode-se chegar à melhor equação possível,
sob todos os aspectos desejantes, individuais – que não se perde - mais
principalmente a prumada socioafetiva, que , repito, passou a ser plural.
O ambiente, o espaço
físico de vivência anterior, na maioria esmagadora dos casos o retorno não será
sugestão de primeira escolha, pois não será jamais como dantes. O individual
que ali habitava, tornou-se plural. Por isso novos sonhos, novos voos, novas experiências
de privacidade, novo ordenamento habitacional sem conflitos do conceito do que
era, com o que passou a ser ou a acontecer, mesmo que na realidade plural
ocorra a idiossincrasia da prevalência do caminhar individual...a dois.
Como a vida é um palco
que não nos permite ensaio, estejamos, portanto, sempre com atenção racional aos novos e
próximos atos que podem reproduzir fatos que serão “eternos em quanto durem”,
caracterizando, marcando nossa passagem terrena, de preferência produzindo
fatos de significação evolutiva nos principais sentidos da vida, enchendo os
espaços de solidão de alma, pela alegria no coração. Ocupar-se com novos
sonhos...para termos oportunidade de racionalizar novos atos, cumulada com a perseverança
na fé, acredito serem os melhores indicativos à nossa insaciável existência.
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