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terça-feira, 17 de março de 2020
segunda-feira, 16 de março de 2020
Apocalipse
©José Roberto de Oliveira
Tremendamente triste pela frustração, encontra-se a minh’alma.
Acometida pelos seus vaivéns.
Tantas tentativas! Tantas tentativas!
Cheguei a pensar que tivesse uma amplitude maior no seu interior
E por isso prossegui na marcha. Qual nada!
Aprendi, mais uma vez que cada ser tem ou deseja o tamanho que tem.
É da vida, o diferente,
O ser e o querer acontecer
Cada cisão...uma arrebentação arrastando tudo que está e foi construído
Tanto esforço! Quanto tempo! Tanta beleza e liberação de corpo e alma perdidos!
Quantos casas e jardins bonitos debaixo dos escombros...debaixo d’água!
Bichos feras não saciados plenamente
Morrem afogados prematuramente.
E os outros seres, também inventados, concebidos
E fictícios que, como verdadeiros, materializados em minha mente,
Foram levados correnteza abaixo,
Sepultados no silêncio agonizante, tudo por causa da pobreza da estrutura nos quais foram fincados,
Sem muro de arrimo, bem nas encostas onde não tiveram tempo de,
Abandonando esse status , viver nas luzes da cidade com o conforto e segurança que desejaria estabelecer.
Construções precárias à beira de barrancos são os nossos...não! Os seus sentimentos,
Que quando vem a arrebentação das chuvas afetivas,
Não oferecem resistência, não suportam a pressão
E aí...vai tudo abaixo – não foi uma , nem duas vezes
E, apesar de tudo parti para reconstrução do nosso prédio do amor,
na maioria das vezes soterradas de lamas
que a sorte ou a desgraça lhe acrescentaram.
Muitas estações nebulosas enfrentastes e,
Na maioria salvou-se
Após beber água ou deixar machucar-se pelos entulhos e nojeiras
Que as correntes dos temporais,
Construídos nas mentes com limites não ampliados e aniquiladas
Permitem que tais desgraças possam sucumbir com a vida...com o amor.
Mas de uma coisa sou testemunha: você tentou e várias vezes!
Mas...como populações ribeirinhas ou das encostas,
Sobrevivendo, fincando seus pilares nos mesmo lugares condenados,
Com os mesmos patamares...
Até que uma nova rebentação, tempestade,
for criada e desencadeada no mundo mental, existencial
daqueles que invariavelmente são os mais necessitados.
Perdeu! Perdeu!
Perdi! Perdi!
Resta observar o que sobrou dos escombros
Se restou alguma vida dos “filhos gerados”...
Acho que dessa vez, só os cadáveres do sentimento!
Só o noticiário da vida poderá informar os detalhes do todo,
irremediavelmente perdido...amanhã....
quando não haverá mais nada a fazer,
a não ser, sepultar.
E ao que ficar vivo, lembrar...lembrar... e quem sabe,
Lamentar...consigo mesmo e...muito chorar.
Na maioria das vezes, pós desastres,
Resta somente os albergues onde a pobreza aumenta ainda mais sua presença,
Mas pelo menos fica-se junto da maioria que sofre da mesma forma...
Da mesma dor... da mesma doença
E um colchonete para deitar-se no meio de tantos
Que esperam pelo “governo dos outros”
A reconstrução do todo perdido,
Enquanto seguem a silenciosa procissão
Daqueles que vivem a vida toda num tranquilo desespero.
Prefiro a sorte da morte do que o azar desse tipo de vida,
Silenciosamente... perdida!
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domingo, 15 de março de 2020
terça-feira, 10 de março de 2020
sábado, 7 de março de 2020
quarta-feira, 4 de março de 2020
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