'Míriam Leitão é eleita para a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras'
*Breves comentários ocorridos no grupo de WhatsApp da ALVV sobre este acontecimento*
"Apresento ao mundo a mais nova "imortal" da outrora magnífica Academia Brasileira de Letras, Mirian Leitão.
Sim, é trágico, mas real.
É ela mesma, a global que nos atormenta com suas análises tendenciosas e equivocadas a respeito da economia brasileira.
Pois bem, resolveram agora que ela é uma literata, um grande talento do mundo das letras, detentora de uma obra literária que ficará para a posteridade como um dos melhores textos já vistos e lidos em terras brasileiras.
Apresento alguns títulos de livros onde ela nos presenteou com sua genialidade:
- Flávia e o bolo de chocolate,
- A perigosa vida dos passarinhos
- A menina de nome enfeitado
- O menino que conheceu o fim da noite.
No mais, um livro de crônicas publicadas em blog do filho e um livro sobre a moeda brasileira.
Sim, os tempos são estranhos, os seres que o habitam decadentes, e entende-se, portanto, a viagem morro abaixo que acontece nesse local em que tantos grandes autores do século passado honravam a cadeira em que se sentavam.
Muito li, muitos caminhos percorri, centenas de mentes brilhantes conheci, reconheci e reverenciei, sei perfeitamente reconhecer uma obra-prima de um amontoado de palavras medíocres, e considero um ultraje considerar como possível a entrada de tantos impostores em lugar outrora permitido somente aos melhores, aos geniais, aos imprescindíveis, aos inesquecívei.
Os mais recentes escolhidos para cadeiras outrora tão nobres são meros mequetrefes sem noção que ousam pensar que são merecedores de um simples olhar de aprovação, por farsantes que são.
Hoje lá habitam músicos, atrizes, indígenas, escolhidos sabe-se lá por qual critério - só não é literatura - e a cada renovação da nova leva escolhida, mais ladeira abaixo decai o mundo das letras, e mais pesar sente quem já conheceu o paráiso e o vê agora transformado em inferno.
Se algum poder tivesse, apagava as luzes do local, colocava uma imensa tranca na porta e expulsava a pontapés os hereges do recinto.
O mundo, a cada dia que a Terra gira em sua órbita celeste, mais comprova que não é lugar adequado para pessoas que anseiam por um mínimo de elevação mental, intelectual, espiritual.
A Academia Brasileira de Letras só comprova que a nossa decadência enquanto espécie avança a passos largos, e nada parece restar daquilo que foi um dia o ápice da civilização."
Infelizmente, verdade pura. No meu livro Penumbras do pensar, abordo está situação nefasta e paradigmática da ABL, onde "a eleição direcionada" para escolha de seus membros privilegiam escolhas de candidatos, "personalidades de Projeção" da entidade e não "personalidades de Manutenção" da entidade.
Entre os 07 outros inscritos ( a confirmada foi convidada a participar) só o Cristóvão 'participou da eleição' ( candidato umas 300 vezes), tem um escritor mineiro de uma produção literária riquíssima, reconhecida internacionalmente, inclusive, um curriculum que é uma verdadeira autobiografia e no entanto, ficou entre os 06 que nem entraram para a tal "votação". Lamentável esta postura de escolha que, como acima mencionei, postura paradigmática que se espraia pela maioria das academias Brasil afora, notadamente as estaduais.
Mário Quintana deve estar retorcendo-se em seu túmulo, diante do presente de aniversário dado pelo 60 anos de existência da rede de comunicação, que tem um de seus colaboradores/funcionários, simplesmente o presidente da 'combalida abl' que, aliás, desde sua entrada lá, praticamente só tem ingressado personalidades do mundo global.
Parafraseando " o que não está no mundo não existe", o que não está na globo, não existe, porque não está neste mundo.
Este é meu sincero artigo de hoje.
"Em uma das edições do Roda Viva, Rachel de Queiroz foi questionada sobre as eleições da ABL. Levantaram a discussão sobre a tendência da instituição de eleger estadistas (ministros do STF, presidentes da República e membros do Legislativo). Queiroz fez questão de defender que todos os eleitos possuíam trabalhos relevantes para a cultura literária do país.
Depois de assistir a entrevista, procurei conhecer a escrita de uma controvertida figura da política brasileira, que tivera uma eleição polêmica: o ex-presidente José Sarney. Lembro-me de uma noite em que um apresentador de programa de auditório da TV aberta amassou o livro de poemas "Maribondos de Fogo" e jogou-o sobre a plateia. Depois das minhas leituras, percebi quão rica é a produção literária de Sarney e que a sua tinta foi o alicerce de parte da obra de Ferreira Gullar, que outrora havia rompido com o movimento de vanguarda ao compor um erudito arranjo neoconcreto. Posso não gostar da sua figura política e do seu coronelismo no Estado mais pobre da Federação, mas reconheço a grandeza de seu trabalho.
Em 2016, o cantor e compositor Bob Dylan ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Centenas de críticos literários tentam desvendar os limites (se é que existem) entre poema e composição musical. Uma coisa é fato: a boa música é poesia. Creio ter sido justa a indicação. No Brasil, Gilberto Gil foi eleito para a ABL. No acervo de suas composições, obras como "Domingo no Parque", "Palco", "Esotérico", "Afogamento", "Jacinto", "Serafim", "Lamento Sertanejo" e a costura machadiana em "A Linha e o Linho" justificam a eleição de um grande poeta.
Fernanda Montenegro já era muito desejada pela Casa de Machado de Assis. A sua eleição tinha uma condição: era preciso que Montenegro publicasse uma obra literária. "Prólogo, Ato, Epílogo" é incrível. É justo reconhecer, porém, que a ascensão de Montenegro deu-se pela interpretação de grandes clássicos da literatura mundial. A Academia sabia, por exemplo, que a enorme fama internacional de Nelson Rodrigues possui a contribuição da interpretação de Fernanda. Foi muito mais que um ensaio.
Agora desejo vivenciar um novo período de leituras. Conheço Miriam Leitão pelos telejornais e redações. Espero em breve poder dizer se o seu trabalho de escritora merecia tamanha honraria. Prefiro não nadar no desconhecido."
"Excelente depoimento, confrade! Concordo com tudo, e destaco a lucidez do último parágrafo!"
"Levando em conta os termos "...aos mestres da palavra " a ideia que me vem é que a imortalidade na ABL está se tornando muito fácil.
Lembro de quando Bob Dylan, cantor americano, ganhou o prêmio Nobel de Literatura. Muito bom compositor,concordo, mas se toda boa letra de música for poesia (foi o Nobel de Literatura!!!),podemos dizer que as respostas realmente estão " blowing in the wind"...
Querido [...], acho que falta muito pouco pra Chico Buarque virar imortal da ABL.
Não será nenhuma surpresa tal fato. Você, com esta fala não está "Blowin' in the wind."
E, fato marcante de desprezo, ele Bob Dylan não compareceu à cerimônia do Nobel de Literatura em Estocolmo em 2016, não porque recusasse o prêmio, mas porque alegava ter "outros compromissos".
Ou sentiu que houve algum erro na escolha???"
Só sabemos que a " a grita" entre leitores e escritores, foi quase geral.
"Sempre há. Tudo tem pró e contra, hoje mais, devido à midia social. Lembro bem da entrada do Paulo Coelho em 2002. Um alvoroço...
E Zélia Gatai? Foi por causa do Jorge Amado? Então..."
"Quanto à última indicação para a ABL, pretendo, antes de me posicionar, ler ao menos uma obra literária da eleita."
"É uma boa jornalista Também gostaria de ler.Acho que vale a pena, [...]."
"E o que acham da eleição de Merval Pereira, atual presidente da Academia Brasileira de Letras? Dedo da Globo?
Luìs Nascif disse que a eleição de Merval Pereira para a ABL aponta para a pequenez literária do País!!!!
E agora Mìriam Leitão?
Mário Quintana tentou três vezes a eleição para a ABL!
Há politicagem ou não?"
"O que tenho plena certeza é que na ALVV não há politicagem nas eleições de novos membros! Ao menos desde que nela ingressei (não por isso, claro!). Do que era antes, nada posso dizer.
Que siga sendo assim!"
"Amém, amigo [...] ! Abços!"
Bom dia a todos!
Na pág. 57-58 do livro Penumbras do pensar, trato exatamente dos episódios do Mário Quintana e a ABL, a que se refere o meu querido confrade e também, quase "ipsis litteris" a narrativa do confrade sobre o processo de entrada em nossa ALVV, que coincide o marco temporal, visto que fomos admitidos nessta Arcádia na mesma data.
"Eu não dou palpite. Uma escritora mequetrefe, de poemetos e croniquetas...Como saber se Merval Pereira, Quintana, Sarney etc podem ser da ABL?"
Aliás, já me candidatei um vez à AEL. Vi que o outro candidato era o esperado ali. Recebi seis votos. E fiquei na minha.
Só isso."
"Todos com o seu valor e com suas contribuições!
Madrinha... você é maravilhosa!Grande escritora... uma artista!"
"Coisa de afilhado...Rs"
"Não acho que seja nada "mequetrefe", Confreira, mas concordo com o seu questionamento: "quem sou eu para julgar?
Mas pode ter politicagem sim, afinal de contas, onde há seres humanos em maior ou menor grau, sempre existem interferências diretas ou indiretas.
E deixando de lado o puritanismo, estou na ALVV há 15 anos e sei que já teve isso sim, várias vezes.
Já houve campanha contra a entrada de algumas pessoas sim.
Já teve situação de um membro vetar a entrada de um candidato dizendo: "se esse sujeito entrar eu saio". E ele não estava errado, pois o candidato [...] muito encrenqueiro...
Eu também faço um "mea culpa" pois qdo era Presidente tb já fiz campanha contra um sujeito que frequentava os saraus [...] e alguns membros falavam que por ele frequentar os saraus poderia se candidatar.
Teve uma situação que foi bem injusta, (não vou citar nome dos envolvidos), mas que o candidato acabou desistindo de concorrer, mesmo já tendo apresentado os documentos, pois sabia que havia uma pessoa da ALVV que havia brigado com ele e estava fazendo campanha com os membros para que não votassem nele.
Então fica a pergunta: "quem somos nós para julgar?"
"Que eu saiba, desde que entrei, ninguém foi nomeado por ser candidato apontado como "preferido" de algum membro e nesse sentido, não houve privilégio direto.
Mas já ocorreram campanhas contra alguns candidatos. E cá pra nós, somos um grupo que tem o direito de escolher quem entra pois não seria bom nomear um membro que pudesse tumultuar ou trazer problemas para a ALVV."
"... eu concordo plenamente contigo. É normal que um acadêmico tenha afinidade com algum candidato ou seja contra a eleição de alguém (por diversos fatores). Nesse sentido, sempre acreditei que a decisão da Assembleia é perfeita. Posso pensar o contrário, mas o colegiado sempre toma a decisão mais apropriada. Decisão da Assembleia não se discute. Um argumento pode ou não prosperar. Uma candidatura pode ou não ser vitoriosa. Por isso não discuto o que é decidido pela ALVV e nem por outra Casa."
"Alguém no facebook está chamando a ABL de AGL - Academia Globo de Letras!"
Meu prezado e amado confrade!
Decisão da Assembleia não se discute.
Preocupa-me a leitura desta assertiva em separado do contexto. Nem é minha intenção, lecionar num ambiente com diversos cultores do Direito Pátrio. Não!
No entanto, peço 'mil vênias' para acompanhar/ concordar com praticamente todo o seu texto, visto que se trata de gosto, preferência, e/ou interesses "interna corporis" podemos dizer, subjetivos, em relação a este ou aquele candidato, que as vezes torna-se candidato, por exaustivo(s) convite(s).
Todavia peço também "mil vênias" para posicionar-me diferentemente, e lembrar, que decisão de assembleia não é algo inatacável, se discute e se modifica, quando invocado os caminhos próprios para tal. Na maioria, pela inobservância de forma, com a qual se utilizou para deliberar sobre aqueles ou até Outras via assembleia que, a inobservância de tais cuidados, podem ter suas decisões embargadas pelos chegar àqueles desejos ou preferências supra elencados.
Tem instituições culturais que nem assembleia fazem para tal escolha. Deliberado fica em encontro de diretoria. Aí, a discussão/embargo dependerá do que reza seus atos constitutivos.
Outras via assembleia que, a inobservância de tais cuidados, podem ter suas decisões embargadas pelos caminhos próprios.
Algumas promovem escolhas em assembleias porque, além dos seus atos constitutivos, forçosamente, por depender ou desejar convênios onde entra o Erário, são compelidos a resolver tal situação em assembleia e aí pecam num "ritual democrático faz de conta", - quanto mais inscritos melhor - para validar e/ou convalidar seus interesses/ ações.
É oportuno aproveitar o ensejo para ratificar e acompanhar a manifestação do confrade acima expendida:
"O que tenho plena certeza é que na ALVV não há politicagem nas eleições de novos membros! Ao menos desde que nela ingressei (não por isso, claro!)". Do que era antes, nada posso dizer.
Que siga sendo assim!"
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